domingo, 29 de junho de 2014

Pride

5 e 40 da Manhã, foi a hora a que cheguei a casa do arraial Pride. Tinha lá chegado às oito da tarde. Passei lá umas boas horas. Pelo que as pessoas dizem, o ano passado foi melhor. Foi a primeira vez que fui, mas não me importava de repetir. Fui com o Zé, a V., o G. e o NdG. Foi a primeira vez que conheci o NdG cara a cara. Pareceu-me ser "bom rapaz, um pouco tímido, até", como diz a música.

Não foi a única pessoa que conheci. Houve um arraial de nomes novos. A princípio, entre tentar decorar todos os nomes e apresentar-me a todas as pessas - nas palavras da V. "Este é o James, ele é lésbico." Acho que a maioria das pessoas percebeu o que ela quis dizer. Conheci o MD., e a Grey, que passaram grande parte do tempo connosco.

A princípio eu estava um pouco inseguro, por nunca ter estado num evento deste género. Depois fomos ao caro comer, e quando voltámos senti-me um pouco mais liberto. Fomos os sete para a multidão, depois de fazermos companhia ao Rui enquanto ele foi à procura de comida. Comecei a dançar um pouco - ok, está bem, talvez seja exagerado chamar dançar a abalanar o meu corpo para a esquerda e para a direita ao ritmo da música... Mas pronto. Certo é que, assim que começaram a dar a música I Like the Way You Move, eu até punha os braços no ar, enquanto - e agora sim, posso chamar-lhe isso - dançava. E foi... Foi como se tudo o resto deixasse de existir. Só exisia a multidão, a música, e eu, no meu espaço, a mover o meu corpo como bem me apetecia.

Durante estes momentos, algumas pessoas tentavam passar por entre a multidão. Numa dessas instâncias, eu estava a dançar, a olhar para o palco distraídamente, quando senti uma mão a tocar-me na cintura, e a deslizar ao longo da minha barriga. Pensei que fosse o Zé ou a V., já que ele sestavam logo atrás de mim. Mas quando olhei para baixo, apercebi-me que a mão e o braço que me estavam a tocar eram de um rapaz que tinha acabado de passar por mim. Fiquei sem saber o que fazer, e ele entretanto seguiu caminho. A súbita atenção apanhou-me completamente de surpresa.

Depois disso, O Zé teve de levar o NdG a casa,  levou a V. com ele para fazer companhia e manobrar o GPS, enquanto eu, a Grey, e o G. ficámos lá no terreiro do paço, sentados em frente às colunas, no chão. Conversámos, e entretnato juntou-se mais pessoal conhecido, como por exemplo o O. e o B... E esses foram os nomes que ficaram. Ah, houve também o Z. E depois aconteceu uma coisa que me deixou com grande auto-estima. A Grey, após ter comentado que o NdG era muito giro - o que é uma verdade bem dita, diga-se de passagem - o O era também atraente, e que ela estava 'desgostosa' por ter descoberto que até o O. é gay, e que ela nunca teria hipótese com ele. E ela subitamente vira-se para mim, põe-me a mão no ombro e pergunta-me. "James... Não me digas que tu também és gay..." E eu, um pouco surpriseendido com o facto de que ela não se tinha ainda apercebido disso, respoindi. "Sou..." Ao que ela respondeu: "Fogo! Eu não digo? É que os bons são mesmo ou comprometidos ou gays."

Honestamente? Eu não me considero ser nada de especial. Mas pelos vistos, é suficiente para atrair atenções. Isso já me faz sentir um pouco mais confiante em relação a mim mesmo.

Resta dizer que criei apenas boas memórias deste evento. Conheci pessoas novas, ri-me imenso, dancei - ate bebi um bocado da sangria do Zé... Em resumo, fica o meu estado do facebook - Nunca pensei fazer uma noitada destas e chegar a casa com o sol já a nascer... Sinto-me exausto, mas saitsfeito.